Em julho o rally do dólar tinha dado uma pausa o que aliviou um pouco a pressão compradora no mês depois de 6 meses de rally. Uma combinação de fatores culminaram com a desvalorização da nossa moeda em 2018: Inação do governo para melhoria do déficit fiscal e das contas públicas, rally do dólar devido a política monetária e comercial americana, eleições e com candidatos que não inspiram confiança parecem ser as principais razões desse rally que já dura o ano inteiro.
Ao que tudo indica esse cenário não irá mudar. Aqui nosso governo está moribundo, Michel Temer voltou ao seu posto de presidente de "enfeite" (palavras dele) e as eleições só prometem surpresas desagradáveis: ou teremos um conservador sem apoio do congresso ou teremos um esquerdista bolivariano ou teremos um centrão que promete mais do mesmo. Com isso reformas significativas parecem muito distantes de se concretizarem. No cenário externo, o hike americano tende a continuar principalmente com o risco de inflação. Recentemente o chairman do FED Jerome Powell deu declarações de que fará "o que for necessário" para conter uma eventual escalada da inflação. Donald Trump por sua vez não indica que irá aliviar nas medidas protecionistas que favorecem a economia americana e consequentemente o dólar. Comno se tudo isso não fosse o bastante, a selic está em níveis mínimos "histórico" o que por um lado é positivo mas tem o efeito de enfraquecer o Real. O cenário é muito desfavorável a moeda brasileira.
Para finalizar em termos de análise técnica, temos o preço chegando próximos aos níveis de Dilma. Existe o potencial de um topo duplo, mas apostaria num eventual rompimento, com projeção do dólar saindo a 4.50 R$.